Sinpro Campinas recebe denúncias contra a precarização do trabalho docente no Unar

Publicado em 04/02/2011

O Sinpro Campinas está recebendo inúmeras denúncias de professores do Centro Universitário Unar sobre a precarização das condições de trabalho, reduções de salários e outras irregularidades.

Os problemas vêm se arrastando desde 2009, quando os professores foram coagidos a assinar um novo contrato para trabalhar em regime de tempo integral e tempo parcial, sob o pretexto de atender às normas o MEC para obtenção do recredenciamento da Instituição como Centro Universitário. As conseqüências desta alteração foram demissões e reduções salariais.

No final de 2010, novas demissões ocorreram, inclusive de maneira desrespeitosa, por telegrama, às vésperas do Natal. Estamos no início de fevereiro e os professores demitidos ainda não receberam as verbas rescisórias, que segundo prevê a CLT e a Convenção Coletiva de Trabalho, deveriam ter sido pagas até 10 dias após a demissão.

Em decorrência das demissões, para suprir a falta dos demitidos, os professores que continuam no Unar estão sendo coagidos a ministrar mais aulas sem o aumento de salário correspondente, a aceitar turmas "inchadas", com alunos de diferentes cursos, a transferirem-se de disciplinas, em alguns casos sem mesmo considerar a habilitação técnica e formação específica do docente para a disciplina atribuída.

O princípio da isonomia salarial também não está sendo respeitado. Muitos professores foram e outros estão sendo contratados com salário inferior aos dos docentes mais antigos, sem registro em carteira e não recebendo cópia dos contratos assinados.

Estes são apenas alguns exemplos das formas como o Unar vem tratando e explorando o trabalho do professor.

O Sinpro está atento e tomando as medidas cabíveis. No caso de atribuições de aulas, gostaríamos de salientar que deve ser feita com antecedência pois, neste momento do ano muitos professores já se comprometeram com outras escolas. O Sindicato lembra  ainda, que o professor não poderá ser transferido de uma disciplina para outra, salvo com seu consentimento expresso e por escrito, sob pena de nulidade da referida transferência, conforme prevê a Convenção Coletiva de Trabalho.

O Sinpro convocou para a próxima semana uma reunião com o Unar para tratar destes assuntos. Estamos à disposição dos professores para esclarecimento de dúvidas e orientações.

Fonte: Sinpro-Campinas