Professores de Pernambuco da rede particular de ensino aprovam greve

Publicado em 02/06/2011


Os professores da rede particular de ensino, após mais de duas horas de assembleia na tarde desta terça-feira (31), decidiram pela decretação de greve. Com a medida, de âmbito apenas jurídico, a categoria acena com a possibilidade de uma paralisação das aulas na próxima semana.

A decisão foi tomada depois que a maioria dos professores rejeitou as seis propostas apresentadas pelo Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado do Estado de Pernambuco (Sinepe-PE). O ponto mais polêmico da pauta é o reajuste da hora aula, que atualmente está entre R$ 4,43 e R$ 5,82, enquanto os profissionais pedem que passe a valer R$10.

A proposta da entidade que representa os proprietários de escolas privadas é um reajuste de 6,31% para quem ganha acima do piso e de 8% para quem ganha o piso, o que significa um aumento médio de 9%. Outros pontos como vale transporte e bolsa para os filhos dos professores nas escolas que lecionam estão sendo debatidos.

Uma nova rodada de negociações ocorrerá na próxima quinta-feira (2). Caso não haja acordo entre o Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro-PE) e o Sinepe, a categoria promete paralizar a partir da quarta-feira (8), deixando aproximadamento 700 mil alunos prejudicados, conforme o Sinpro-PE . A celeuma entre os professores e o sindicato patronal rende desde a segunda quinzena de maio. No último dia 20, os professores já haviam aprovado o Estado de Greve, passo inicial para a paralização.

“Estamos exigindo dignidade. R$ 10 pela hora da aula é o mínimo de justiça com os professores pernambucanos”, disse o coordenador político do Sinpro-PE, Jackson Bezerra. “O Sinepe não propôs nada com relação à saúde do professor, ou melhorias das condições de trabalho. Além disso, recusou-se a colocar clausulas indicadas pelo Sinpro Pe de proteção ao professor da agressão física e moral sofrida no ambiente escolar”, concluiu.

Fonte: Jornal do Commercio